Publicada por: Francisco Silva
Fonte: R7
A ação de carvoeiros clandestinos, que devastam áreas imensas da Floresta Amazônica para produzir o material base para o tradicional churrasco brasileiro, é o tema da reportagem de estreia da nova temporada do Câmara Record. O programa volta nesta quinta-feira (18), às 22h30, na Record TV.
A equipe do programa percorreu durante 10 dias mais de 1.000 km de rodovias e estradas abertas ilegalmente na floresta, que deveria ser preservada, para investigar a devastação provocada pela atividade irregular. Participaram da reportagem os repórteres Romeu Piccoli, Sheila Fernandes, Michel Mendes e o editor Márcio Strumiello.
Mãe trabalha ao lado do filho para sustentarDivulgação/Record TV
É a primeira vez na TV brasileira que jornalistas revelam todo o processo de produção do carvão: o corte, a construção do forno, a queima da madeira e a venda nas grandes cidades.
A equipe flagrou o corte em terras devolutas do Estado e da União. Entre as cidades de Itacoatiara e Rio Preto da Eva, a 250 km de Manaus (AM), o programa flagrou uma clareira cinza do tamanho de um estádio de futebol. Os carvoeiros derrubam árvores centenárias o mês inteiro, com jornadas diárias de 14 horas, em troca de um salário mínimo.
Jornadas de trabalho chegam a 14 horas diárias em troca de um salário mínimoDivulgação/Record TV
Daniela, de 35 anos, trabalha ao lado do filho, de 13.
— É árduo, suado, difícil mesmo. As pessoas podem olhar pra gente e achar que a gente faz isso porque gosta ou porque ganha muito dinheiro, né? Mas não é não, é pouco dinheiro e muito trabalho. Eu sinto muita tristeza, porque isso aqui é meu, é dos meus filhos, dos meus netos, de todo mundo... E estamos destruindo.
Ao ser perguntada pela equipe do Câmara Record se sabe que está cometendo um crime, ela responde com lágrimas nos olhos: "Crime é meus filhos passarem fome".
O programa ainda denuncia a falta de escolas e o risco à saúde das pessoas que se submetem a essa situação, além da falta de fiscalização para escoar o produto irregular.
Publicado por: Francisco Silva
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